Anarquia é um vocábulo formado por duas palavras gregas: an – que significa não, e arkhé, que significa autoridade. Neste sentido, anarquia expressa negação de toda e qualquer tipo de autoridade. Por extensão, no sentido político, negação de todo governo, negação do Estado; no sentido econômico, negação de toda hierarquia no local de trabalho, de todo patrão, de todo chefe. [continuar a leitura >>]
Em torno do ano de 1830 o café já superava em muito os demais produtos brasileiros no conjunto da pauta de exportações. O capital acumulado com o produto ampliou o prestígio da região Centro-Sul do país. Tal situação fez com que, através do tráfico inter-provincial, após 1850, muitos escravos fossem deslocados das áreas açucareiras no Nordeste e acabassem por parar nas fazendas de café do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. [continuar a leitura >>]
Num interessante artigo publicado online em www.revistadehistoria.com.br sobre a educação anarquista, o professor José Damiro de Moraes comentava que os grupos políticos e econômicos dominantes no Brasil do início do século XX criaram e divulgaram a tese segundo a qual o anarquismo seria uma “planta exótica” – vinda da Europa, não teria clima favorável para se desenvolver por aqui. [continuar a leitura >>]
Pretendemos elucidar uma Pedagogia que substitui o autoritarismo pela liberdade e pela solidariedade; que rompe com o caráter reprodutivista da escola em relação à estrutura social de dominação e exploração. Embora não fosse o único agente desencadeador do processo revolucionário, o papel da educação para o movimento anarquista era primordial para suplantar as desigualdades sociais através de mudanças na mentalidade das pessoas, sem a qual a revolução social não poderia acontecer. A literatura anarquista considera “a educação como parte importante em todo projeto sério de mudança social” (MORYÓN, 1989). [continuar a leitura >>]
Esse texto apresenta algumas das inserções das mulheres no movimento anarquista que marcou a Primeira República (1889-1930), no eixo geográfico Rio-São Paulo. Para tanto, parte do exame de alguns periódicos libertários, destacando a contribuição das mulheres para a luta política travada e as mobilizações sócio-culturais implementadas. Embora o tema já tenha motivado alguns estudos com os mais diversos enfoques e objetivos, encerra, ainda hoje, questões das mais fundamentais ao ser humano, permanecendo, por isso, mesmo, instigante e aberto. [continuar a leitura >>]
Rio de Janeiro, 12 de novembro de 1918. No centro da cidade, cuja paisagem fora profundamente transformada na década anterior pela Reforma Pereira Passos, a população carioca improvisa uma festa na moderna e imponente Avenida Rio Branco. Ela comemora o armistício assinado na véspera em Rothonde, na França, dando fim à Primeira Guerra Mundial, que desde 1914 vitimara milhões de pessoas, inclusive brasileiros. Um outro forte motivo, mais próximo do cotidiano da população do Rio de Janeiro, também contribui para a formação desse clima festivo, ou, ao menos, um clima de alívio e esperança por dias melhores: o constante declínio das ocorrências da gripe espanhola, terrível epidemia que nos últimos meses, especialmente em outubro, ceifara milhares de vidas no Brasil e em especial em sua capital federal. Fim da guerra, fim da peste... Novos tempos pareciam se anunciar. [continuar a leitura >>]
Ao final da década de 1960, o renomado historiador Eric Hobsbawm revelou seu incômodo frente ao inesperado ressurgimento do interesse em uma corrente do pensamento político, que para ele, além de completamente ineficiente , aproximava-se de versões extremadas do liberalismo . Assim, em seu capítulo “Reflexões sobre o Anarquismo” no livro “Revolucionários” , o autor além de considerar injustificada a retomada de simpatias pelo anarquismo, ainda se pergunta: “qual é o valor da tradição anarquista hoje?” [continuar a leitura >>]